Alvo do fogo amigo do PT, que ajuda a propagandear sua fama de difícil e burocrático, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, recebeu do chefe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um conselho para se blindar dos ataques, segundo aliados ouvidos pela CNN.
Ao ex-governador da Bahia, Lula teria sugerido gestos que atenuem as críticas das quais têm sido objeto no Congresso, com ampla repercussão na imprensa.
Rui Costa deverá conversar mais com jornalistas e buscar aproximação com deputados e senadores – que reclamam da falta de atenção, sobretudo em razão do atraso na liberação de pedidos à Casa Civil, como emendas parlamentares e nomeações na estrutura do governo.
Ele também deverá participar das reuniões encabeçadas por seu colega das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com lideranças partidárias e ministros da base.
Com essas conversas, Padilha tenta evitar novas derrotas no Congresso, após o fracasso na votação sobre alterações no marco do saneamento na Câmara.
Embora líderes definam o clima como mais ameno, da última semana até agora, políticos ainda reclamam da ausência de Lula nas conversas, o que não deve acontecer ainda.
Auxiliares do presidente consideram que a entrada de Lula nas negociações pode diminuir a força dele para um momento de maior necessidade.
Por outro lado, o presidente tem sido incentivado a se movimentar mais e, por exemplo, convidar parlamentares a encontros informais, como jantares, para demonstrar boa vontade e atenção.
Anteriormente, Lula vinha sendo aconselhado por ministros a destravar emendas e recursos deixados pelo governo passado e agilizar a liberação de cargos de segundo e terceiro escalão — o que já está sendo feito.
Ainda que descartem a possibilidade de uma reforma ministerial na chamada “cozinha” do Planalto, onde estão os ministros mais próximos ao presidente, aliados petistas admitem estar preocupados com condução do governo.
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