Em entrevista à Folha e ao SP2 da Globo, Ângela Aparecida contou que essa foi a segunda vez que a loja de eletrônicos foi invadida por dependentes químicos desde a época da pandemia.
“Levaram todas as máquinas, celulares de clientes. Toda a mercadoria, não sobrou nada. Eu ainda tenho que responder por celulares de clientes. Porque tem uns que entendem, outros não. Não tenho como mais levantar dinheiro para comprar nada e reabrir a loja”, afirmou.
Ainda de acordo com a empresária, ela foi avisada sobre o saqueamento por vizinhos da loja, que ligaram para informar sobre o ocorrido. Ela e o filho tentaram ir ao local para impedir a ação dos usuários de drogas, mas acabaram sendo agredidos pelo grupo.
“Os vizinhos começaram a ligar e quando a gente desceu, para tentar evitar e conversar para não arrombar a loja. Mas eles já começaram a jogar pedra, atirar faca. Tinha um ou outro que levantou arma. A gente teve que voltar e esperar que levassem tudo”, desabafou a empresária.
Devendo dois meses de aluguel da loja, por conta do último saque, agora a empresária vai precisar arcar com o prejuízo de cerca de R$80 mil, valor referente aos produtos que foram levados. Ângela afirmou que agora está "completamente falida" e sem condições de se reerguer.
Em um vídeo publicado na página Salve o Centro, é possível ver o momento exato em que os usuários saqueiam o estabelecimento.