Sergipanos que estão morando na cidade de Porto Alegre (RS) fazem relato da situação dos locais em que moram e pedem que conterrâneos continuem contribuindo com orações e doações para as vítimas das chuvas. Mais de 100 pessoas morreram e cerca 1,4 milhão foram afetadas pelos temporais.
O jogador de futebol Carlos Alexandre disse que a cidade de Porto Alegre, onde está morando há cerca de um mês, passa por uma situação de racionamento. "Já está acabando a água, muitos lugares não têm energia. É realmente um cenário de terror".
Diante da situação, ele destaca que o momento é de solidariedade entres os brasileiros para contribuir com o socorro aos moradores do Rio Grande de Sul. "É um momento de união. Pessoal de Sergipe, continuem nas orações e ajudando como podem", pediu.
O comissário de bordo Allan Santana contou que a procura por itens básicos é algo que preocupa muito os moradores. "A situação está muito triste. Eu nunca pensei que fosse viver aqui um cenário de guerra. Água virou algo disputado. Nos mercados, as prateleiras estão vazias, as coisas ficaram mais caras", contou.
Ainda de acordo com ele, a falta de acesso e informações sobre os amigos é muito angustiante. "Porto Alegre está fechada, porque o aeroporto inundou. A rodoviária também. Não tem como ter acesso ao interior do estado se não tem carro. Tenho amigos que perderam casas, ficaram em telhados, outros que estavam como desaparecidos na sexta e só foram resgatados no domingo. Tudo isso é bem traumatizante", disse.
ENCHENTES NO RIO GRANDE DO SUL
Mais de 100 pessoas morreram, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira (9). Há, também, mais de 130 desaparecidos e 370 feridos.
Há 232,1 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.542 em abrigos e 164.583 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos). O RS tem 425 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,476 milhão de pessoas afetadas.